Divulgação informativa e cultural da Escola Secundária/3 Camilo Castelo Branco - Vila Real

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Diário do 7º A - O Amor na Literatura

“O Amor na Literatura”: Sessão dinamizada pelo Prof. Dr. José Reis da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, na Sexta-feira, 14 de Janeiro de 2011, na Escola Secundária Camilo Castelo Branco.

Querido Diário:
Hoje, a nossa turma teve uma visita, o Prof. Dr. José Reis, professor de Literatura Comparada, na UTAD. O Professor José Reis é pai do nosso colega José Maria dos Reis, e falou-nos sobre os seguintes pontos:
· Amor passional:
poesia e amor:
Poetas populares (leitura de algumas quadras populares);
Lírica de Luís de Camões;
Manifestação dos sentimentos;
Amor platónico;
- texto dramático :
Romeu e Julieta, de William Shakespeare;
- texto narrativo:
Tristão e Isolda;

· O Andrógino:

O tema do amor é muito abordado por poetas e escritores. Mas, apesar de tudo, quase ninguém o compreende. Neste sentido, falámos sobre o texto “O Banquete de Platão” (século V a. C., há 25 mil anos). A esse Banquete iam os filósofos e míticos que discutiam o amor, o amor platónico, isto é, espiritual. Aristófanes deu uma explicação mítico-filosófica sobre a origem do amor. Ele defendia que, no princípio, existiam três géneros: o masculino, o feminino e o andrógino. O género masculino era descendente do Sol, o feminino, da Terra (porque, tal como a mulher, a Terra é fértil), o andrógino, que era um género distinto e comum ao masculino e ao feminino, era, por isso, descendente do Sol (masculino), da Terra (feminino) e o que tinha de ambos era da Lua. Barriga e flancos em forma de bola, quatro braços, quatro pernas, uma cabeça e dois rostos, em suma tudo dobrado – esta era a sua constituição (nesta altura, o professor pediu-nos para o desenharmos, com base na descrição).
Certo dia, eles desafiaram os deuses… e perderam. Como castigo, Zeus (o pai dos deuses na mitologia grega) decidiu separá-los em dois seres diversos (o andrógino extinguiu-se). Mas ao separá-los ficavam seres muito estranhos, por isso teve de os aparar.
Conclusão: cada vez que um homem se aproxima da mulher e/ou vice-versa procura reconstituir esse ser original, o andrógino. Para nos ajudar a compreender melhor, vimos o vídeo “El mito del Andrógino” (Discurso de Aristófanes).

Depois, ouvimos a declamação da Cantiga de Camões “Descalça vai para a fonte, Leanor pela verdura”. Enquanto o professor lia, mais uma vez, tivemos de a desenhar. A seguir apresentou-nos uma adaptação do poema, mas mais moderno: “Poema da Auto-estrada”, de António Gedeão (1906-1997).
Por fim, falámos sobre “Romeu e Julieta”, mas era tarde de mais, pois estava quase a tocar e só tivemos tempo de ouvir a música dos Dire Straits – “Romeo and Juliet”.
Gostámos muito da sessão e ficámos muito agradecidos pela presença do pai do Zé.

P. S. – Foi-nos sugerido que víssemos o filme “Romeu e Julieta” e, em princípio, a sugestão foi aceite!

Com amor e carinho,
Até à próxima,
7ºA!

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