Divulgação informativa e cultural da Escola Secundária/3 Camilo Castelo Branco - Vila Real

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Arco-íris


Arco-íris


Ó Arco-íris! Meu amado Arco-íris! Porque te foste embora? Porque me abandonaste neste profundo buraco da solidão? Deixaste-me com o mar, o mar cheio das minhas e das tuas lágrimas, onde os peixes devoram sofregamente a nossa pura tristeza e morrem perante nós, pois a angústia é muita… O sol queima-me a pele, a geada arranha-me as pernas, o vento leva-me o cabelo, o frio gela-me os dedos, que antes estavam preenchidos pela tua cor e alegria… O que posso dizer? A ganância apanha-nos a todos, ficaste com o pote de ouro, esquecendo a nossa amizade…
Oh Arco-Íris, porque te embalaste na ilusão? Porque não te contentaste apenas comigo nas montanhas, onde seríamos felizes… Éramos únicos… Arco-Íris, meu amado Arco-Íris, porque me abandonaste neste cume gelado recheado com a tua frieza e a minha solidão? As nuvens riem-se de mim, e eu sinto-me cada vez mais triste, mas meu querido Arco-Íris, a esperança continua a ser muita, eu espero…espero…porém tu nunca mais vens. A lua até é simpática, contudo é um pouco, digamos…indiferente, passa a noite a olhar as estrelas…Ah! As estrelas são bonitas e muito gentis, mas nem todas me ouvem, tão alto, lá no céu…Que pena, Arco-Íris!
Vou dizer-te, com toda a sinceridade, que pressinto a morte e tenho muito medo… será dolorosa? Oh!  Arco-Íris…perguntei à estrela mais próxima de mim e ela disse, com toda a gentileza, que não sabia… a lua limitou-se a ignorar-me. Quanto aos outros, não me atrevo a perguntar, eles são tão maus…
Oh! Arco-Íris, por onde andas? Estou no cume, e sinto frio. É agora, desculpa Arco-Íris…

         Joana Carvalho – 8ºE


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