Divulgação informativa e cultural da Escola Secundária/3 Camilo Castelo Branco - Vila Real

sábado, 19 de março de 2016

A propósito de… “ História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar”, de Luís Sepúlveda

Aceitar as diferenças


Todos nós vivemos em sociedade e, como seres sociais que somos, procuramos interagir com os nossos próximos. Estabelecemos entre nós relações de amizade, fraternidade e, por vezes, amor. Buscamos no outro o que falta para nos complementarmos. Pode ser um pensamento, uma forma de estar na vida, a adoção de determinados comportamentos, entre outros.
Sendo assim, sabemos que estabelecer relações não é tarefa fácil, ou melhor, estabelecê-las até pode ser bastante fácil, mas mantê-las pode tornar-se uma tarefa árdua. Como ouvi certa vez, “uma relação é como uma planta, precisa de ser regada e cuidada diariamente para não murchar”.
Ora, deste modo, “regar” ou “alimentar uma relação” obedece a certos parâmetros: a empatia, a dedicação, mas, para mim, a mais importante é a tolerância relativamente à diferença. Todos somos seres com passados diferentes, com vivências próprias, com educações próprias, com formas de estar características. Se não respeitarmos a diferença do próximo, quer a nossa vida, quer a do outro pode tornar-se um verdadeiro massacre. Sem tolerância não conseguimos manter uma relação, mais tarde ou mais cedo, essa relação será deteriorada e ficarão apenas memórias tristes.
O livro que lemos na aula, “ A História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar” mostra bem o que é respeitar as diferenças. Afinal, todos os gatos, que à partida são inimigos dos pássaros, criaram, cuidaram e ensinaram Ditosa a voar. Sempre souberam acolhê-la e compreender as suas diferenças e nunca fizeram com que ela se sentisse à parte. Aliás, há momentos em que ela mesma diz ser um gato.
Isto é a prova viva de que podemos aprender a interagir com seres diferentes de nós, podemos ser amigos deles, respeitando-os e incluindo-os. Apesar de esta ser uma obra ficcionada, assistimos todos os dias a factos semelhantes que nos fazem perceber que, às vezes, nós, humanos, somos demasiado complicados e erramos.
Em conclusão, acho que para vivermos em sociedades devemos saber respeitar o outro e saber fazer-nos respeitar. Assim, viveremos num espaço de tolerância que nos trará paz.
Rúben Cardoso – 7.º B




Solidariedade e entreajuda

Começo por dizer que gostei muito de ler a obra “ História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar” de Luís Sepúlveda, não só pela originalidade, mas também por tudo o que nos ensina.
Os valores que mais apreciei foram a solidariedade e entreajuda.
Na minha opinião, vivemos num mundo em que tudo está tão perto, mas os valores estão cada vez mais distantes.
Cada um olha para si e vê os seus problemas ou os seus sucessos como os maiores. Estamos, assim, numa sociedade umbiguista.
Os capítulos onde mais claramente se vê o espírito de solidariedade e de entreajuda são: " Em busca de um conselho" e " Não é fácil ser mamã".
No capítulo V, Zorbas, sente-se incapaz de dar resposta à promessa que fizera, por isso, decide pedir ajuda. De facto, os outros gatos foram muito prestáveis e procuraram ajudá-lo a encontrar uma solução para um problema. Ajudaram o Zorbas e nunca o incentivaram a desistir do seu objetivo.
No capítulo II da 2ª parte, verificamos as grandes dificuldades que um gato teve para ser mãe de uma gaivota. Não foi uma tarefa fácil, mas Zorbas, sempre com boa vontade, alimentou com carinho a gaivota e desempenhou o papel de mãe o melhor que pôde.
Com este livro, aprendi várias lições de vida:
. Nada é impossível, desde que tenhamos força de vontade;
. A amizade é um bem precioso;
. É preciso ajudar para um dia sermos ajudados;

. Os laços de sangue não são o mais importante, o que interessa são os afetos.
 Maria Costa - 7.º B



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