Divulgação informativa e cultural da Escola Secundária/3 Camilo Castelo Branco - Vila Real

terça-feira, 31 de maio de 2016

Deambulação

Deambulação…


Em minha opinião, tal como Cesário Verde, todos partimos da realidade objetiva que nos rodeia para uma deambulação acerca das impressões que nos causa o quotidiano. O meu caso não é exceção, visto que me encontro várias vezes a deambular nos lugares remotos da cidade, assim como na minha imaginação.
Em primeiro lugar, ultimamente, deparo-me com pensamentos longínquos averiguando realmente qual o sentido da vida, se é necessário tanto sofrimento e desilusão para crescermos e sermos melhores pessoas, se apenas nos deparamos com a estabilização da nossa consciência quando estamos confrontados com uma realidade dolorosa e amarga. Perante estas perguntas, vejo-me obrigada a permanecer distante porque não encontro respostas que me permitam obter a plenitude, sendo que a minha apreensão face à realidade que me rodeia cada vez mais me amedronta.
Deste modo, deambulo nos recantos do meu quotidiano à procura de alguma razão para tamanha instabilidade que vivencio, que me desgasta e retira a objetividade da minha vida. Assim, todas as experiências que permanecem até hoje permitem-me obter uma visão distinta da realidade, na qual, por vezes, necessito de espaços para me dedicar à minha deambulação, tão desejada algumas vezes.
Assim, reafirmando o que referi inicialmente: a deambulação é necessária a partir da realidade observada no nosso quotidiano.


Maio de 2016

Mariana Santos, nº16, 11º G

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